A Síndrome da Reescrita

 Olá, ferinha, olá, ferona, aqui é a Tany Isuzu com mais uma postagem sobre comportamento de escritores. Se você está em nosso grupo do discord tem um tempinho (e se não está, não perca a oportunidade de conhecer seus autores favoritos do blog, a equipe e demais membros, podendo tirar dúvidas sobre escrita e muito mais, clique aqui para participar), deve conhecer minha reação para quando um autor diz que vai reescrever. Se não teve essa oportunidade ainda, divirta-se vendo os relatos dos membros antigos ou quem sabe não possa ver ao vivo por que a palavra reescrita me traz tantos traumas.

    Mas, afinal, qual é o meu problema com reescrita?

    Esta postagem vem de uma perspectiva bem pessoal, com experiências que passei com vários autores e feronas. 

    Primeiramente, reescrever é uma parte da escrita. Querendo ou não, haverá vários momentos em que precisaremos reescrever o que já temos pronto. E isso não é ruim, voltar e ajeitar partes da história faz parte do processo de escrita, não só do de revisão. Então por que eu implico tanto quando um autor diz que está reescrevendo?

    Bom, um problema muito forte nos escritores iniciantes é não saber quando parar de reescrever. Já vi diversos autores que ficaram anos e anos tentando reescrever a mesma história, tentando torná-la o mais perfeita possível e nunca terminaram.

    A reescrita infinita é um problema sério. Você precisa saber quando largar mão e aceitar que precisa seguir em frente com a sua obra.

    Reescrever faz parte do processo de escrita, mas você não pode deixar que sua história fique presa em um loop de reescrita eterno. Você precisa entender que uma hora é necessário largar a mão daquela parte e seguir em frente. Só assim irá amadurecer como autor.

    Não vamos ficar satisfeitos o tempo todo com o que escrevemos, arrependimentos fazem parte da jornada do escritor. Saber quando é hora de seguir adiante é um sinal de amadurecimento.

    Não estou dizendo que você nunca deve reescrever, mas sim que é preciso aceitar que você não pode ficar tentando escrever a mesma história de novo e de novo até ela chegar na suposta perfeição.

    Você aprende muito mais como escritor terminando uma história do que tentando refazê-la. 

    Então não seja um daqueles autores que quer porque quer reescrever eternamente. Aceite que é hora de sua história ver o mundo, imperfeita como é, e aprenda com esses erros. 

    Escrever, revisar, corrigir, reescrever e, por fim, terminar. Tudo isso faz parte do ciclo da vida de um escritor. Não podemos travar em uma única etapa.

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