Revisando! Figurinhas de Linguagem - Som

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    E cá estamos com a parte final do nosso Revisando! sobre figuras de linguagem! Se você não leu nossas postagens anteriores, recomendo fortemente que dê uma olhada nelas. Além de cada uma ter um foco diferente, as outras postagens servem de base para você entender melhor os usos e desusos das figuras de linguagem. Sem mais delongas, vambora pras Figurinhas!




Figuras de Som ou Harmonia


    As figuras de som ou harmonia são tipos especiais de figuras de linguagem, ligadas à sonoridade de palavras e expressões. Assim, ao utilizar figuras de som, o autor pode deixar determinado trecho da obra mais expressivo, seja aproximando-o da fala cotidiana ou propositalmente criando um ritmo interno na narrativa. Porém, precisamos ter cuidado com elas.
    O uso de figuras de som deve ser bem pensado, já que sua principal característica é a sonoridade. Apesar de parecer uma boa ideia implementá-las em algum ponto da narração, pessoalmente, eu não recomendo fazê-lo a não ser em casos muito específicos. Como veremos a seguir, o uso impensado dessas figuras pode facilmente retirar todo o peso da narrativa, inclusive fazendo com que as figuras de linguagem se aproximem mais de vícios de linguagem do que de artifícios expressivos. 
    Portanto, eu recomendo que você pense bastante antes de utilizá-las na narrativa. O uso mais simples de alguma dessas ferramentas seria nos diálogos, já que eles tendem a permitir uma maior liberdade expressiva. Mesmo assim, ainda é preciso pensar no personagem que está falando, no tom da narrativa e se, no final das contas, o uso daquela figura de som seria mesmo necessário naquele momento. 

Aliteração


A figura de linguagem responsável pela repetição de consonantes ou sílabas. É muito utilizada em poemas, mas também pode acontecer (com cuidado!) na prosa.


Então o gênio está criando um cenário novo pra novel de ascensão com mecânica de passar de nível? Realmente inspirador. 

Doutor, digo da disciplina! O duque De Dois é desprovido de domínio, um déspota dissimulado! Seu dever diante do desafio foi dizer demagogias dúbias em nome de sua divindade! Decerto um desatino! - A Anciã Amedrontada.

 

Assonância


É a irmã da aliteração, mas repetindo vogais no lugar de consoantes ou sílabas.

A musa inspiradora tá de zoeira com a minha cara. Chega, vai!

Ah, a audácia! Amado amigo, a adversidade acomete a anciã, agora ausente de altruísmo. Agraciada pelo abismo ardiloso, ela apoia a arrogância dos apóstatas! Assistirás ao advento da alcateia auspiciosa assim? Abobado, abestalhado, alienado? - Do Duque De Dois.


 

Paranomásia


Acontece quando usamos palavras parecidas, mas que possuem escrita, som e significados diferentes. Dá uma olhada.

Um cavaleiro deveras cavalheiro. Raridade.

Tem tanto, mas é um grande tonto. - A Anciã Amedrontada.

 

Onomatopeia


Conhecida por muitos, odiada por outros, a onomatopeia acontece quando o autor usa um termo que imita o som de animais, objetos ou fenômenos da natureza. Lembrando que cada língua possui suas próprias onomatopeias. Se você é brasileiro, opte por miau, não por nya.

Tique, taque. Tique, taque. Toc toc. Seu tempo acabou, Anciã. - Do Duque De Dois.


E esse é o fim da nossa série de Revisando! Figuras de Linguagem! Tem alguma dúvida, comentário ou trocadilho infame com figuras de harmonia para compartilhar conosco? Deixe aí nos comentários!




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