Caçadores de Reprovações - Setembro

 Mais um mês, mais um Caçadores de Reprovações!

Aqui é a Tany Isuzu com o quadro favorito de vocês, segundo os feronas que comentam, para ler o do mês anterior, clique aqui.

Então, hora de descobrirmos quais erros foram dignos ou não de aparecer neste quadro e o que podemos aprender com eles! Clique no Leia Mais e vamos descobrir!

Como fiz da vez anterior, antes de apontarmos os erros, tentem dar uma conferida no trecho que iremos analisar sem marcações e fazer, vocês mesmos, as suas anotações quanto ao que pode ser melhorado.


Pensaram bem? Ótimo, vamos começar!

Obviamente, temos vários erros de vírgula, pontuação e conjugação aqui, o que já reprovaram o ferona, mas, em vez de apontá-los todos, vou deixar anotado nas prints enquanto comento os problemas mais estruturais desse começo.

Como todos sabem, a primeira página é muito importante. Já falamos sobre isso antes, bem como sobre primeiros capítulos. Esse primeiro capítulo tenta, de uma péssima forma, introduzir a história do reino.


Todo esse começo é inútil. Todo. Primeiramente, o autor tenta nos resumir os ocorridos com uma frase redundante. Mas ele resume tanto as coisas que torna o primeiro parágrafo em algo genérico. Tivemos uma guerra. Raças foram subjugadas e agora vivem em uma sociedade. Ainda temos um comentário sem pé nem cabeça que deveria ser uma crítica social foda do narrador, mas... não deu em nada. Porque não temos como nos importar com a informação.

Eu sugeriria ao autor cortar toda essa parte e, em vez de tentar resumir as coisas aí, começasse já descrevendo o castelo para poder puxar o diálogo que vem a seguir.

Temos um diálogo que precisa de vários ajustes. Primeiro: nunca coloque falas do mesmo personagem embaixo uma da outra. Junte todas as frases em uma única fala. Exemplo:

Isso perde bem menos espaço na página, bem como usa menos dicendis. Você não precisa indicar quem disse o que toda hora.

Prosseguindo.

Nosso autor realmente é muito oito ou oitenta. Ou ele exagera com dicendis, ou ele esquece que existem. Lembrem-se que os dicendis ajudam a informar mais coisas e retomar quem está falando o que no diálogo. Não é algo que deve ser abusado, mas, sim, como tudo na escrita, usado com moderação.

Em considerações finais, nosso autor tem um começo e formas de melhorá-lo. Ele poderia, em vez de colocar a explicação sobre o mundo no começo, ter feito um diálogo expositivo, com a princesa e o sábio da corte tendo uma aula rápida que ensina, tanto a personagem quanto ao leitor, sobre o básicos do mundo. 

Lembrando que, por aula rápida, não estamos falando de 10 páginas de diálogos só sobre isso. Mas sim uma cena que não leve mais que três páginas para introduzir o leitor a uma base do mundo da obra. Isso tornaria o começo mais dinâmico e daria mais formas de conhecermos a personalidade da princesa.

A forma como você começa a história é muito importante. Não coloque enrolação, procure uma forma rápida e objetiva de introduzir o leitor ao seu mundo em vez de jogar resumos na cara dele. O leitor que começar lendo os primeiros parágrafos dessa página esquecerá deles logo na terceira página de leitura. 

E, se você fez o exercício e pegou vários dos erros mencionados, já considerou dar uma olhada no nosso teste de revisor ou avaliador? Dê uma conferida nos detalhes nesta postagem.

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5 comentários

  1. Post muito bom, Tany! Eu consegui pegar os erros nas virgulas, mas as palavras erradas passaram reto na minha cabeça.

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    1. Pegar os erros de vírgula já é um grande avanço! Palavras escritas erradas realmente costumam passar batido com mais facilidade, pois nossa mente "conserta" elas antes de ler. É algo que você vai pegando com o tempo conforme se dedica mais ao ato de revisar.

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  2. Sempre que leio esse quadro, mesmo que seja uma virgula, descubro algo novo pra revisar e melhorar... Ou o site é incrivel, ou sou um péssimoooo escritor! Ou as duas opções, mas smp uma ótima leitura... vlw pelo post!

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